terça-feira, 13 de maio de 2014

Maria Rita Camargo Mariano, cada vez mais graciosa e cantando melhor, não lotou o Guarani, ontem à noite. Às 21:20, ainda havia uns 200 lugares disponíveis e o show não começava. Seu jovem público não dispõe de cem reais para um show. Ou não vê nela o maior talento vocal da MPB hoje? Curiosamente, Maria Rita vende menos discos à medida que amadurece, e o motivo não é uma decadência, mas que o público vai percebendo que ela é diferente de sua mãe e, por isso, não pode reproduzir nela a idolatria que se interrompeu em 1982. Viúvos e viúvas de Elis Regina – metade do Brasil – ainda não aceitamos que a baixinha nos abandonou de repente, sem razão clara. A angústia e os transtornos de personalidade dela eram para nós toleráveis; para ela, nem a cocaína sozinha podia mitigá-los. Sua única filha também é uma diva precoce e leva o peso de nossa frustração.

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